COMO FAZER RESUMOS PRA ESTUDAR PRO ENEM


Quando o professor, diante da classe, em alta voz pede um resumo do livro que estudarão, mais de 90% da turma arrepia. Isso acontece porque a maioria das pessoas não sabe como fazer bons resumos. Comentei sobre isso no post Como fazer resumos de livros, textos, artigos no blog de Resumos de livros para vestibular. Pra quem ainda não aprendeu, é bom que preste atenção nessas dicas de como fazer um bom resumo, pois é uma forma ótima de estudar pro ENEM.
O resumo, em geral, guarda mais ou menos a quarta parte do texto original. Ele deve conter os pontos essenciais do texto, preservando-se as intenções do autor, mantendo sua ênfase e dando atenção maior àquilo de que o autor trata mais longamente. Para poder bem resumir é necessário o exercício de capacidades de atenção, síntese e, sobretudo, muita objetividade. O resumo deve ser, antes de mais nada, fiel, ao texto de que trata. Vejam, por exemplo, um resumo que encontrei entre meus arquivos antigos.

Resumo da obra A Fugitiva, de Marcel Proust:
Neste sexto volume de Em Busca do Tempo Perdido, Proust nos apresenta o narrador abandonado por Albertina, a quem mantinha quase como prisioneira, dado seu ciúme doentio. Esse desfecho, em vez de trazer-lhe a almejada libertação, vem apenas agravar-lhe as dúvidas e tormentos, e ele procura, para fugir à realidade que o abate, embalar-se na ilusão de que ela voltaria, talvez no mesmo dia. Mas Albertina morre, vítima de um acidente. E o narrador, ao descobrir que ela era realmente culpada de todas as faltas suspeitadas, sofre e se consome no inferno de um ciúme póstumo, arrasador e sem limites. Mas todos esses padecimentos, os sobressaltos do amor ferido, a agonia do abandono e da solidão, pouco a pouco vão cedendo lugar ao esquecimento. Em seu coração instala-se a indiferença, que é o princípio da morte. Nesta altura, ele já não é o mesmo; não é mais aquele que amara Albertina. E a verdade que brota do fundo deste volume denso de inquietação e humanidade é que só cessamos de sofrer porque mudamos continuamente, porque, à medida que a vida flui, nos tornamos estranhos a nós mesmos, até, desfigurando-se nossa identidade, nos perdermos irremediavelmente no tempo.

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