A descoberta através da escrita
A ideia de escrever algo, não para eu mesma, mas para os outros, sempre me preocupou. Se é uma carta, por exemplo, logo que termino a releio, fico surpresa pois eu exagero nos sentimentos, não sei se sinto tudo que escrevi com tanta intensidade, acredito que sim, mas toda essa entrega me incomoda. Se é uma redação, narração ou descrição não me aflingem mas sinto arrepios ao ouvir falar em dissertação. Adoro desafios e discutir com as pessoas sobre os mais variados assuntos mas na hora de escrever, as ideias vêm de uma maneira rápida e é difícil colocar no papel de uma maneira clara.
Quando vou escrever para mim, é diferente. Eu preciso escrever quando estou angustiada e triste ou quando estou muito feliz. Eu sinto uma resposta do papel escrito que parece me confortar e compreender ou se divertir junto comigo. Acredito que devo me abrir muito e deixar transparecer no papel tudo o que sou realmente e só ser completamente me faz bem (de mim, para mim).
É preciso, talvez, escrever de uma maneira inconsciente para descobrir tudo que realmente sinto ou de uma maneira consciente para escrever tudo que penso (ou acho) para que não haja confusões sobre o assunto discutido no texto,
(Redação de uma vestibulanda)
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